Vende-se!


Eu sei que as pessoas gostam de uma borla, e para esses em breve haverá novidades, mas entretanto tenho aqui alguns fanzines para vender, e apesar de algumas "indisponibilidades" sempre foi possível colocar o fanzine à venda em alguns locais.

Se a crise é generalizada, e apesar de na BD ter chegado mais cedo, tenho dificuldade em compreender a filosofia de que o público não tem interesse em fanzines por isso nem vale a pena coloca-los à venda. Nem levo a coisa muito a peito, porque não é algo que diga só respeito ao fanzines, ou ao MiniZine em particular é a maneira como a maioria das lojas de BD encara a BD Nacional, e a verdade é que a maioria das lojas de BD são na realidade unicamente lojas de importação. Contudo não deixa de ser algo sintomático quando não se consideram capazes de vender sequer um exemplar (nem aos donos!). Era suposto as lojas de BD serem um local de eleição para chegar aos leitores de BD, contudo parece que se especializaram de tal modo que só são capazes de vender um determinado género de BD e nada que saia fora desse registo.

O Minizine tem duas coisas que não jogam a seu favor para serem vendidos num loja: 1º o tamanho; 2º o preço que não dá quase lucro nenhum em relação ao trabalho que a loja terá ao coloca-lo à venda. Não creio que estes dois factores sejam determinantes para a posição de alguns lojistas, é simplesmente um politica instituída relativamente à produção nacional. Este opinião tem como base informações prévias e conversas sobre o tema que fui tendo ao longo dos anos, não é por estar ressabiado ou algo semelhante.

Um dos motivos para fazer o MiniZine num formato A6 e com um preço barato teve mesmo a ver com as dificuldades de um mercado em que não parece existir um circuito alternativo capaz de sustentar ou permitir a comercialização de edições independentes.

O pequeno formato do Minizine permite que me seja possível andar com meia dúzia de exemplares no bolso e vender em mão quando se encontra uns conhecidos, ou possíveis interessados. 

Aquilo de que tenho a certeza é de que tomei as opções correctas. Editar o MiniZine num formato maior; numa tiragem maior; arranjar um ISBN e tratar de outras formalidades para disfarçar o fanzine de Revista, ou algo semelhante, é quase uma perda de tempo que não tem qualquer utilidade prática, a única que poderia existir seria a de poder colocar à venda num circuito "oficial" como as FNAC's, mas esse circuito também não parece ser capaz de ajudar a escoar fanzines/revistas de 100 ou 200 exemplares de tiragem.

O formatinho, o ser fanzine, o amadorismo assumido que parece irritar alguns foram opções conscientes, e que não se deveram a um suposta falta de ambição ou simples falta de liquidez financeira. Tendo em conta o frágil mercado da banda desenhada nacional e a ausência de um circuito alternativo, o Minizine funciona bem neste formatinho. É um bom cartão de visita, uma maneira simples de ir publicando algumas histórias curtas enquanto se vai trabalhando em uns projectos mais "ambiciosos".

Foram 10 anos sem publicar um página em papel, e só publicando duas curtas online, já estava na hora de começar a publicar e produzir com regularidade e este formato por agora é mesmo a melhor opção.

Dito isto, querem comprar um?

3 comentários

João Figueiredo disse...

Sim. Quero. O meu email é figueiredojprf@gmail.com. E, já agora, deixo-te o link para o meu projecto de BD (neste momento em reestruturação) e para o único programa de TV sobre BD.

http://osescudosdalusitania.blogspot.com

http://tvl.pt/category/programas/artntropia/

Unknown disse...

Obrigada pelos links ;) e parabéns pelo programa.

Já te enviei um mail com a informação para adquirires o fanzine.

Outros interessados podem contactar-me directamente através do mail sanktio@outlook.com, para envio por correio o pagamento é efectuado por transferência bancária ou paypal.

André Azevedo disse...

Bom texto Bruno e não deixa dúvidas quanto aos propósitos do Minizine!

Já "mandei" vir um exemplar por e-mail.

Abraço

Com tecnologia do Blogger.